terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dia da Consciência negra


Trabalhar a diversidade na escola não tem dia certo, mas trabalhar no dia 20 de novembro ( dia da consciência negra) já é um bom começo. Precisamos mostrar aos nossos alunos a nossa diversidade e principalmente valorizar essa diversidade.

Abaixo, postei alguns textos sobre o assunto, contos, poesia e molde para trabalhar a valorização do negro.

Espero que gostem!
liamelquides

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Consciência negra: valorizar a identidade

Texto Bruna Nicolielo, Marina Azaredo e Mayra Raizi


O que é o Dia da Consciência Negra? Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra homenageia e resgata as negras raízes do povo brasileiro. Escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, ele é dedicado à reflexão sobre presença do negro na sociedade brasileira. "O Dia da Consciência Negra sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste grupo", explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, na região metropolitana da capital paulista. 

O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir atemática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do Brasil - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia. 

Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar aidentificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo. 

Veja a seguir como pais e professores podem fazer sua parte na valorização da Consciência Negra.

Leia mais: Filme que traça panorama da história dos negros no Brasil ajuda professores a abordarem a cultura africana na escola 

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Um exemplo de trabalho e valorização


O projeto "Um Pouco de Nós, Um Pouco da África", desenvolvido há cinco anos na Escola Estadual Bibliotecária Maria Luisa Monteiro da Cunha, de São Paulo, por exemplo, estimula os alunos do ensino fundamental I a refletirem sobre suas origens, abordando questões que vão muito além da escravidão. A iniciativa valoriza a oralidade e a arte africana a partir do resgate da cultura do continente e da discussão de sua contribuição para a formação da identidade culturalbrasileira. Durante o trabalho, os professores familiarizaram os alunos com a literatura africana e incentivaram a leitura e a escrita. "As crianças confeccionaram bonecas negras, o que foi um tiro certeiro. A partir delas, eles criaram histórias e, ao levar as bonecas para casa, envolveram as famílias no trabalho", conta Lurdes Ribeiro, coordenadora da escola, que tem aproximadamente 50% de alunos negros e pardos. Após cinco anos, o resultado é, segundo Lurdes, uma valorização dos negros enquanto cultura e etnia. "Alunos que não se assumiam negros passaram a se assumir. E quem não é negro passou a valorizar essa cultura da qual fomos privados por tanto tempo". O projeto finalista do 4º Prêmio Educar para a Igualdade Racial, organizado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Consciência negra no espaço


Além de inserir a questão da igualdade racial no currículo e nos temas debatidos em sala de aula, transformar o espaço da escola é uma boa maneira de construir uma identidade que inclua os negros. No Colégio Vértice, em São Paulo, o Projeto África mudou a cara da escola no sábado, 7 de novembro. Depois de um ano inteiro trabalhando com o tema África, os alunos organizaram um Safári Cultural, uma exposição interdisciplinar aberta ao público com enfoque em aspectos distintos da cultura brasileira e da cultura afro-brasileira. "Os alunos estudaram temas relativos ao passado e ao presente da África e expuseram os trabalhos do ano inteiro", conta Adilson Garcia, diretor da escola. Apresentações de música e dança e palestras também fizeram parte do Sáfari. "Quando se fala em África, vem todo um preconceito, um desconhecimento. Por isso, é preciso mostrar visualmente a diversidade cultural do continente", completa Garcia.

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Consciência negra nos materiais didáticos

A oferta de materiais didáticos que contemplem o negro já foi bem pequena, mas tem crescido nos últimos anos. "Ainda é preciso usar muito material alternativo, mas a oferta tem crescido gradativamente, principalmente entre as grandes editoras", afirma Antonio Carlos Billy Malachias, coordenador do Programa de Educação e Políticas Públicas do Ceert. Finalista da 4ª edição do Prêmio Educar para a Igualdade Racial, a professora Ellen de Lima Souza, da Escola Orbe, de Marília (SP), utilizou o livro O Menino Marrom, de Ziraldo, para tratar o tema da igualdade racial nas turmas de Educação Infantil. Os alunos reconstruíram a personagem confeccionando um boneco em sala de aula e criaram finais diferentes para a história de Ziraldo. Como resultado, a temática das relações étnico-raciais passou a ser mais valorizada na escola como um todo. Assim como livros, também há jogos e brincadeiras que podem ser usados para ampliar os conhecimentos dos alunos sobre a cultura africana. Um dele é o yoté, um jogo de estratégia muito popular na região oeste da África que desenvolve o raciocínio e a capacidade de observação.

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Consciência negra no conteúdo


Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada na escola. Além disso, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", explica Roseli Fischmann, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre este tema nos PCNs.

Há muitas possibilidades para enriquecer o aprendizado por meio da inserção da cultura negra africana. "Uma das estratégias no ensino fundamental e médio é revelar a África pela própria visão africana", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Direitos Humanos em Educação da Universidade Metodista de São Paulo. "Nesse sentido, trabalhar mitos de fundação africanos surte muito efeito, pois isso mostra que a África tem uma histórica contada por ela mesma", completa. Além dos mitos, é possível explorar aspectos históricos, como a contribuição dos negros na alimentação do Brasil e sua influência nas palavras da nossa língua. Revelando aos alunos a riqueza da cultura africana para além dos estereótipos é possível combater preconceitos dos alunos brancos e reforçar a auto-estima dos estudantes negros.

Apesar da obrigatoriedade e da multiplicidade de enfoques, a visão europeia ainda predomina em muitas das escolas brasileiras. Prova disso é a quase inexistência de bonecas negras na Educação infantil ou quantidade limitada de livros infantis e infanto-juvenis que trazem negros como protagonistas. "Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli. Ainda que a lei obrigue a escola a valorizar temáticas de origem africana, ela é solenemente ignorada na escola, acredita Oswaldo, da Metodista. "Toda história sobre a África é feita com representações eurocêntricas, a partir de um viés europeu. Isso favorece preconceitos e a invisibilidade dos povos africanos", explica.
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Consciência negra no dia 20 de novembro

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Trata-se de um feriado facultativo, mas mais de 400 cidades brasileiras já aderiram, segundo a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR, do governo federal. A escola pode fazer sua parte, assinalando que se trata de mais que um mero feriado e sim de uma conquista importante para uma parte representativa da população brasileira - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE. Os chamados "pardos", no entanto, chegam a um número próximo da metade da população. "O dia 20 sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste grupo", explica Roseli Fischmann.

A lembrança de temáticas relacionadas à cultura negra deve estar presente no decorrer de todo o ano letivo, como preveem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a legislação brasileira. "Não podemos limitar a história da África a um dia ou uma parte do ano. Vejo o Dia da Consciência Negra como ápice do trabalho feito o ano todo", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Direitos Humanos e Educação da Universidade Metodista de São Paulo. Para ele, comemorar a data na escola com festa e com música, depois de um período de preparação, pode ser uma boa iniciativa para criar espaços de igualdade entre os alunos e reforçar a importância da efeméride. "Comemorar é trazer à memória, celebrar a memória de forma comunitária", acrescenta.
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Consciência negra na lei


Em 2003, a lei nº 10.639/03, tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas de ensino fundamental e médio do país. A imposição se aplica a instituições públicas e privadas. A partir da sanção dessa lei, as escolas brasileiras passaram a ter que implementar o ensino da cultura africana, da luta do povo negro no país e de toda a história afro-brasileira nas áreas social, econômica e política. O conteúdo deve ser ministrado transversalmente, em todo o currículo escolar, com ênfase nas áreas de História Brasileira, Educação Artística e Literatura. "Essa lei é uma reivindicação muito antiga e altera a Lei de Diretrizes e Bases", afirma Roseli Fischmann, coordenadora do grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), professora da USP e da Universidade Metodista de São Paulo. "A legislação faz justiça à contribuição que esse grupo esquecido, mas importante, deu ao país", explica ela, que também é expert da Unesco para a Coalizão Internacional de Cidades contra o Racismo e a Discriminação. Segundo Roseli, a lei é um passo importante para o reconhecimento presença histórica dos negros no Brasil e no combate ao racismo. "Uma das formas de discriminar um grupo é silenciá-lo, tornando-o invisível. Isso aumenta o desconhecimento e estimula o preconceito e ignorância".


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Consciência negra na literatura infanto-juvenil


Inserir a temática negra no currículo escolar é uma forma de combater a discriminação, apontam especialistas. Pais e professores também podem ajudar a reforçar a identidade cultural de crianças e jovens negros escolhendo livros e brinquedos com essa temática. "Esses materiais didáticos podem ser introduzidos na primeira infância, quando a criança começa a brincar", diz Oswaldo, da Metodista. Assim a criança vai automaticamente entender e até apreciar as diferenças. "É preciso naturalizar esse processo", conclui.




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Menina Bonita do Laço de Fita

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...

[de Ana Maria Machado, livro.
ilustração: Claudius]
www.palmares.gov.br

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CONTANDO HISTÓRIAS: O MENINO MARROM


Pelo tipo de coisa que aconteceu aquele dia na escola, eles já estavam no primeiro grau. Sem dúvida: estavam. Foi uma tarde, os dois brincavam com suas cores, quando o menino marrom misturou todas as tintas que tinha na caixinha de aquarela, todas as cores do arco-íris.
E aí, sabe o resultado que deu? A mistura das cores todas deu um marrom. Um marrom forte como o do chocolate puro. O menino marrom olhou para aquela cor que ele tinha inventado e falou: “Olha aí, é a minha cor!”

Os olhinhos do menino cor-de-rosa brilharam como eles brilhavam diante de suas descobertas. E ele disse: “Sua cor é a soma de todas as cores!”
O menino marrom ficou todo feliz. Criou sua cor e achou que era bom.
Justo no dia seguinte, na escola, a tia levou toda a turma para o laboratório do colégio para dar algumas explicações sobre cores. Quando os dois souberam que assunto era cor, ficaram, muito excitados. É que eles iam revelar aos coleguinhas sua grande descoberta. 

“Eu chego e conto?” perguntou o menino cor-de-rosa.  

“Não” disse o menino marrom. 

“Deixa a professora falar primeiro, depois nós damos o nosso show.”

Eles estavam convencidos de que iriam brilhar na visita ao laboratório da escola. E, enquanto todo mundo ria, falava, mexia nas cores, acendia luzes, desligava projetores, eles estavam caladinhos num canto num canto para fazer a grande revelação na hora exata.

Aí, chegou a hora. A professora resolveu mostrar para eles o Disco de Newton. Todo mundo conhece o Disco de Newton, não é verdade? Todo mundo já foi ao laboratório da escola, certo? Ou sua escola não tem laboratório.
Bem, essa é uma outra história e é o Ministério da Educação que tem que resolver. Deixa a gente contar a nossa, que felizmente tem um laboratório instalado na escola. E ali tinha o Disco de Newton.


O Disco de Newton é o seguinte: um pequeno círculo de metal, plano como um disco comum, dividido em raios (como uma roda de bicicleta). São sete espaços entre os raios, cada espaço com uma das cores do arco-íris. O disco gira em pé, como uma pequena roda-gigante, tocado por uma manivela. Você toca a manivela bem depressa, o disco vai girando, girando e aí, o que acontece com as sete cores? O quê?



Isto é o que os meninos iam descobrir naquela manhã, na escola. A professora mostrou o disco para eles – tinha uns meninos pequenininhos, tão agitadinhos que nem estavam ligando para aquela história – e perguntou: “Se eu misturar todas essas cores, o qeu é que elas viram?”

O menino marrom gritou, rápido: “Viram marrom!” E olhou orgulhoso para os outros. Só que ele esperava aplausos e levou o maior susto. A professora disse: “Não.” E continuou: “Vejam: eu vou rodar este disco bem depressa e vou misturar todas as cores nesta rodada. Prestem atenção, fiquem de olho no disco.”

E todos prestaram atenção. O disco foi girando, girando, e de repente, ficou todo branco. E a professora explicou: “Viram? O branco não é uma cor. O branco é a soma de todas as cores em movimento.”
“Com esta eu não contava” falou o menino marrom.
“Nem eu” falou o menino cor-de-rosa.

Os dois voltaram para casa calados, com a cabecinha fervendo. 
A coisa tinha ficado desse jeito: se misturar todas as cores e elas não girarem, elas ficam marrom. Se misturar todas cores – em parte iguais _ e bota-las para rodas, elas viram o branco.
Estava tudo assim, quando, de repente, o menino marrom falou para o menino cor-de-rosa: “Quer dizer que eu sou todas as cores paradas e você é todas as cores em movimento?”
O menino cor-de-rosa pensou um pouco e respondeu: “Só um detalhe: eu não sou branco!”
Pronto. Agora, é que as coisas complicaram de vez... 







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DIVERSIDADE Autora: Tatiana Belinky


Um é feioso,
Outro é bonito
Um é certinho
Outro, esquisito

Um é magrelo
Outro é e gordinho
Um é castanho
Outro é ruivinho

Um é tranqüilo
Outro é nervoso
Um é birrento
Outro dengoso

Um é ligeiro
Outro é mais lento
Um é branquelo
Outro sardento

Um é preguiçoso
Outro ,animado
Um é falante
Outro é calado

Um é molenga
Outro forçudo
Um é gaiato
Outro é sisudo

Um é moroso
Outro esperto
Um é fechado
Outro é aberto

Um carrancudo
Outro ,tristonho
Um divertido
Outro, enfadonho

Um é enfezado
Outro é pacato
Um é briguento
Outro é cordato

De pele clara
De pele escura
Um ,fala branda
O outro, dura

Olho redondo
Olho puxado
Nariz pontudo
Ou arrebitado

Cabelo crespo
Cabelo liso
Dente de leite
Dente de siso

Um é menino
Outro é menina
(Pode ser grande ou pequenina)

Um é bem jovem
Outro, de idade
Nada é defeito
Nem qualidade

Tudo é humano,
Bem diferente
Assim, assado todos são gente

Cada um na sua
E não faz mal
Di-ver-si-da-de
É que é legal

Vamos, venhamos
Isto é um fato:
Tudo igualzinho
Ai ,como é chato!
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BOM TRABALHO!!!

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